terça-feira, 4 de outubro de 2011

Nova onda de greves tem inicio no Rio Grande do Norte

A ressaca do feriadão atinge hoje boa parte dos potiguares com a greve em dez setores da administração direta e indireta do Estado, entre elas a paralisação dos servidores da Educação e o indicativo de greve na Saúde. Até o fim da semana, policiais civis também podem engrossar o coro grevista caso o Governo do Estado mantenha a posição de "descumprimento" do acordo com a categoria. Policiais e bombeiros militares promovem assembleia hoje para deliberarem os rumos da negociação com o Governo. E também podem se juntar aos bancários, já em greve desde a semana passada.

Servidores da Emater, Idiarn, Detran, Fundação José Augusto, Idema e os de nível superior e técnico das secretarias de Agricultura, Serviço Social, Controladoria e técnicos de Tributação, estiveram reunidos às 8h30 de hoje em frente à Secretaria de Agricultura (Centro Administrativo) para discutir os próximos passos da greve. "Mas nosso grande manifesto será quinta-feira. A concentração será no DER, de onde partiremos em caminhada até o Centro Administrativo", adiantou Santino Arruda, presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Indireta (Sinai).

Trabalhadores em educação também estarão reunidos às 16h na sede do Sinte/RN (Av. Rio Branco, Cidade Alta) para mostrar a força do movimento grevista. O motivo para deflagração da greve pelas entidades filiadas ao Sinai e o Sinte/RN é o mesmo: "O descumprimento do Governo ao acordo assinado pela representação do Gabinete Civil, em 8 de julho, no qual ficou acordado o pagamento dos 70% restantes do Plano de Cargos em quatro parcelas, com início em setembro". A presidente do Sinte, Fátima Cardoso, classificou o descumprimento como "golpe".

"Esse golpe mostra a relação desrespeitosa e viciada do governo com os servidores. É inaceitável um acordo assinado hoje e rasgado amanhã. O governo precisa demonstrar credibilidade. E o secretário (de administração) José Anselmo ainda acusa a categoria de amnésia. Acredito que ele não tenha lido o acordo", critica Fátima Cardoso. Ela explica que os 20 mil professores do Estado permanecem em atividade. Aderem à greve os 8 mil servidores administrativos lotados na Educação. "Vamos nos juntar às outras categorias pelo mesmo propósito", disse a sindicalista.

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